Azul e GOL: primeiro passo para uma fusão?

Depois de meses de especulações sobre a compra da GOL Linhas Aéreas pela Azul Linhas Aéreas veio o primeiro comunicado oficial: um acordo de codeshare entre as companhias aéreas, que eu anunciei aqui.

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Para mim, esse pode ser o primeiro passo para uma fusão das empresas, o que considero que vai ser ruim para os viajantes. A concorrência no mercado está cada vez menor e, se confirmada a fusão, teremos basicamente duas empresas dominando o mercado, o que é ruim pela falta de concorrência. Como você já percebeu, as passagens aéreas estão cada vez mais caras.

A GOL, para quem não sabe, faz parte do Grupo Abra, junto com a Avianca. No passado, a Delta tinha uma participação na GOL, mas abriu mão para investir na LATAM. Atualmente, os principais acordos da GOL são com a American Airlines, Air France a KLM.

Você lembra quando a Avianca Brasil faliu e os preços das passagens aéreas subiram? Quanto menos opções, é pior para os clientes. Eu fico preocupado com essa concentração na mão de apenas duas grandes empresas.

Participação no mercado

Segundo dados da ANAC, a divisão apenas das maiores está assim:

• LATAM Airlines Brasil: 40% do mercado doméstico;
• GOL Linhas Aéreas: 30% do mercado doméstico;
• Azul Linhas Aéreas: 30% do mercado doméstico.

Conclusão

Em outras palavras: acordo de codeshare = namoro. A fusão seria o casamento, mas vai depender do desenrolar do namoro nos próximos meses. E da preocupação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) com a alta concentração de mercado caso a fusão seja o interesse real das empresas.

Vale lembrar que a GOL acionou em 2024 o Chapter 11 (equivalente à recuperação judicial) nos EUA, com uma dívida de R$ 20 bilhões. O mercado é cruel.

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