
A American Airlines (AA) é uma das principais companhias aéreas do mundo e oferece voos de São Paulo e Rio de Janeiro para os Estados Unidos. A AA é membro fundador da aliança oneworld, cujos membros atendem a quase mil destinos em mais de 150 países.
Vou contar nesse review um pouco da minha experiência na Classe Executiva, que a AA chama de Executiva Flagship. A emissão foi realizada pela Smiles e custou 226 mil milhas por trecho. As taxas deram R$ 500,00 no total (ida e volta).
Diariamente, no grupo de WhatsApp Emissões com Milhas, meu time envia excelentes oportunidades de emissão, como foi o caso dessa passagem. Você só tem o trabalho de entrar no site e emitir.
O melhor produto da AA é a Primeira Classe, que é oferecida exclusivamente na rota de São Paulo (GRU) até Miami (MIA), e você também pode emitir com milhas da Smiles. Eu já fiz esse voo e é fantástico o conforto!
Esse voo para o Aeroporto Internacional John F. Kennedy (JFK) é sazonal, sendo operado apenas em meses de maior movimento – geralmente em outubro, novembro, dezembro, janeiro, fevereiro e março. Já o voo para o Aeroporto de Miami (MIA) é diário o ano inteiro.
Check-in
Fiz o check-in rapidamente no Aeroporto do Galeão (GIG) assim que foi aberto, mesmo o meu voo sendo bem mais tarde. O processo foi extremamente rápido e eficiente, sem filas. Depois, usei o Visa Infinite Fast Pass para maior agilidade.
Já em Nova York, no Terminal 8, além do check-in convencional da Classe Executiva, há um espaço premium para viajantes selecionados, chamado de Premium check-in. Ele pode ser usado pelos seguintes clientes:
- Flagship First;
- Business Plus;
- ConciergeKey;
- AAdvantage Executive Platinum;
- AAdvantage Platinum Pro;
- oneworld Emerald;
- British Airways First;
- Executive Club Gold.


Há uma funcionária na entrada, que checa a sua elegibilidade. Uma vez lá dentro, não há filas, e o atendimento é imediato. Você pode realizar o procedimento sentado, com todo o conforto. O processo também foi extremamente ágil.
Curiosidade: eles não pesam as malas – não tem balança no local.
Em seguida, segue para o controle de segurança, e usei a fila especial do TSA PreCheck.


Salas VIP
No Rio de Janeiro, usei o Admirals Club, que considero muito bem e bem superior aos mesmos Admirals Club dos Estados Unidos. Você tem boas opções de alimentos e bebidas, incluindo muitas opções alcoólicas.
A sala é bonita e agradável, oferecendo bons espaços para relaxar ou trabalhar, incluindo uma brinquedoteca para as crianças. Entretanto, o lounge ficou quase que completamente lotado em certo momento, o que diminui o conforto.





No Terminal 8, são 4 salas VIP da American Airlines, e a sua categoria no AAdvantage define qual poderá usar. O Admirals Club é a opção mais básica, caso você não seja um membro elite.
Em parceria com a British Airways, foram criados três lounges premium no aeroporto de Nova York Kennedy. Os lounges têm o nome de 3 bairros em Londres e Nova York: Chelsea, Soho e Greenwich. O acesso a cada lounge depende do seu status AAdvantage, classe tarifária e bilhete.
Eu, por ser Platinum Pro, usei o Soho Lounge. O ambiente é sofisticado e tranquilo. O espaço combina design moderno com elementos de conforto, como poltronas amplas, iluminação suave e áreas bem distribuídas para trabalho ou relaxamento. Grandes janelas proporcionam luz natural e vista para o pátio de aeronaves, enquanto o serviço é discreto e eficiente. O lounge conta ainda com uma seleção refinada de comidas e bebidas, incluindo um bar que prepara drinques na hora.





Aeronave
A aeronave que eu voei foi o Boeing 777-200ER, com três classes de serviço. Aqui vale uma informação importante: a aeronave da ida foi diferente da volta na disposição dos assentos. Achei o espaço do voo da volta consideravelmente melhor.
Veja algumas fotos da ida:









Veja algumas fotos da volta:










A Classe Executiva tem configuração 1-2-1, que é a configuração mais comum. Todos os assentos têm acesso direto ao corredor e são full-flat (reclinação total).
O amenity kit achei bem simples e sem graça. As companhias aéreas americanas não investem. Na ida, não tinha pantufas. Na volta, tinha pantufas, mostrando uma falta de padronização do serviço.



A aeronave também oferece Wi-Fi, mas por ser caro e o voo noturno achei desnecessário o uso.


A experiência AA
Logo depois de me acomodar me ofereceram um welcome drink. Pedi um champanhe. Enquanto isso, aproveitei para dar uma olhada nas opções do cardápio, que está também em português. Em geral, sempre tem pelo menos um comissário que fala português no voo.
Logo após a decolagem é servido o jantar. Os meus dois voos foram noturnos, o que é muito melhor. No geral, achei a comida boa, mas nada memorável. O café da manhã da ida e da volta eu só comi as frutas, pois o prato quente achei bem ruim.
Veja algumas fotos do jantar e café da manhã:












Na ida, confesso que o assento me decepcionou um pouco. Pela configuração da aeronave, acabei ficando em uma posição em que a mesa não fechava totalmente, e isso me fez bater as pernas várias vezes – bem incômodo, especialmente em um voo longo. Já na volta, foi outra história: o espaço era mais generoso, e finalmente consegui descansar de verdade. Dormi bem melhor e cheguei bem menos cansado.
A American Airlines tem planos de lançar novos assentos para a Classe Executiva e eles serão muito bem-vindos. Um dos grandes problemas atuais é justamente a falta de padronização: dependendo do voo, você pode pegar configurações bem diferentes, algumas bem confortáveis, outras nem tanto. Isso gera uma certa loteria – e para quem viaja com frequência, seria ótimo saber exatamente o que esperar ao embarcar.
Conclusão
A American Airlines oferece um excelente custo-benefício nas emissões de passagens aéreas através da Smiles, por isso é sempre a minha primeira escolha para os EUA. Paguei o equivalente a R$ 7 mil para ida e volta, o que considero realmente excelente. Essa passagem, em dinheiro, custaria pelo menos o triplo do preço.
O serviço da AA na ida achei ruim. Um comissário até me olhou torto quando eu pedi licença para passar e colocar uma mala no bin – como se tivesse atrapalhado muito a vida dele. Também esqueceram de me servir as castanhas, que é o início do serviço de bordo.
Na volta, o serviço foi excepcional, e a comissária que me atendeu foi tão simpática que me ofereceu até uma garrafa de champanhe para levar para casa.
Gostei muito das suas salas VIP e também do serviço de check-in premium no JFK.
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