Toca o telefone. Do outro lado da linha, um funcionário do Santander. Ele diz que tem algumas informações sobre a minha conta. Como havia aberto uma reclamação contra o banco no Consumidor.gov.br, achei que se tratava de algo relacionado. Confirmei os dados e aguardei o início do atendimento.
O tal consultor digital me ofereceu então a possibilidade de parcelar todo o meu crédito em aberto nos cartões de crédito para me dar um “fôlego financeiro”. Confesso que fiquei alguns segundos sem reação. O valor citado pelo funcionário englobava todas as minhas compras parceladas futuras – algumas com parcelas até 2023. A sugestão dele foi parcelar tudo em 60 vezes.
Apesar de ser um cliente novo do Santander, sempre tive faturas altas e pagamentos das faturas em sua totalidade. De onde ele tirou a informação que eu preciso de um “fôlego financeiro”?
O pior é que a ligação demorou 5 intermináveis minutos. Parei meu trabalho para atender a ligação, achando que seria algo importante, e fiquei 5 minutos confirmando dados, aguardando e ouvindo essa proposta surreal. Achei uma falta de respeito, pois deveria informar o motivo do contato no início da ligação, para eu sinalizar se queria ou não prosseguir.
Uma semana depois, me liga novamente o Santander, com a mesma abordagem inicial. Dessa vez, já precavido, desliguei o telefone. Se me ligarem novamente, terei que abrir uma reclamação.
Enquanto isso, a reclamação que fiz e está em aberto continuam me enrolando.
#SantanderFail