O Banco Inter merece o Oscar do vexame em 2022. Novamente sem aviso prévio, o banco está mudando as regras do jogo, e sem comunicar aos clientes. A página de salas VIP do Banco Inter mostra que as regras do Banco Inter Mastercard Black mudaram.
Veja o que diz o website:
“O acesso às Salas VIP é gratuito?
As salas VIP espalhadas no Brasil e no mundo estão disponíveis para todos os clientes Inter que possuem o cartão Mastercard Black. Entretanto, existem algumas condições que você precisa ficar atento antes de utilizá-las. São elas:
- Os clientes que fazem parte do relacionamento Inter Black, ou seja, que possuem uma carteira de investimentos entre R$ 250 mil e R$ 1 milhão, possuem acesso gratuito ilimitado às Salas VIP;
- Os clientes que possuem cartão Black por assinarem o Duo Gourmet, por ter financiamento de imóvel com o Inter, por contratar um empréstimo com garantia de imóvel, por ter feito a portabilidade de financiamento imobiliário, por financiar a construção da casa, por fazer um empréstimo consignado a partir de R$ 100 mil ou por alguma outra promoção tem o acesso gratuito às Salas VIP limitado a seis (6) vezes no ano. A partir do sétimo será cobrado o valor de US$ 32 a cada novo acesso.“
Para mim, isso é ilegal. Deve prevalecer a regra de quando foi contratado o serviço. Eu, por exemplo, me sinto lesado, afinal, assinei o Dou Gourmet pagando R$ 350,00 com a garantia de ter acesso ilimitado às salas VIP por 1 ano. Se na renovação as regras mudarem, ok. O que não pode é mudar no meio do jogo.
Consultei o advogado Leonardo Kozlowski, que me respondeu:
“Esse tipo de alteração nas regras é inaceitável, beira o estelionato, pois o consumidor foi enganado. A regra era clara: compre o Duo Gourmet e ganhe o cartão Black com acessos às salas VIP. Só a limitação de cartões adicionais já é uma mudança drástica que não estava prevista. Acabar com o acesso ilimitado ao titular é uma nítida violação do Código de Defesa do Consumidor, que é muito claro no Artigo 35, que diz que se o fornecedor não cumpre a oferta, o cliente pode exigir o cumprimento forçado ou “rescindir o contrato, com direito à restituição de quantia eventualmente antecipada”. É melhor o Banco criar uma solução satisfatória caso queira voltar atrás ou então vai ter muitos processos para cuidar.”
Sigo aguardando um posicionamento oficial do Banco Inter para atualizar o texto.
Dica do Gabriel Dias
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